Resenha: Um Beijo Inesquecível - Julia Quinn
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Título: Um Beijo Inesquecível, Vol.7Título original: It's in his kiss
Autor: Julia Quinn
Tradução: Claudia Costa Guimarães
Nº de páginas: 272
Edição: 2016
Editora: Arqueiro
Pontuação: ♥ ♥ ♥ ♥

Num recital, Hyacinth conhece o belo e atraente Gareth St. Clair, neto de sua amiga Lady Danbury. Para sua surpresa, apesar da fama de libertino, ele é capaz de manter uma conversa adequada com ela e, às vezes, até deixá-la sem fala e com um frio na barriga.
Porém Hyacinth resiste à sedução do famoso conquistador. Para ela, cada palavra pronunciada por Gareth é um desafio que deve ser respondido à altura. Por isso, quando ele aparece na casa de Lady Danbury com um misterioso diário da avó italiana, ela resolve traduzir o texto, que pode conter segredos decisivos para o futuro dele.
Nessa tarefa, primeiro os dois se veem debatendo traduções, depois trocando confidências, até, por fim, quebrarem as regras sociais. E, ao passar o tempo juntos, eles vão descobrir que as respostas que buscam se encontram um no outro… e que não há nada de tão simples – e de tão complicado – quanto um beijo.
Um Beijos Inesquecível é o penúltimo livro da série Bridgertons, da consagrada autora Julia Quinn e conta a história de Hyacinth e Garret St. Clair. O leitor teve a oportunidade de ver um pouco da personalidade de nossa protagonista ao longo da leitura de livros anteriores e sabem que ela não é fácil. Os irmãos parecem temê-la e aos mesmos tempo querer esganá-la por sua língua mais que afiada.
Quem leu a série e chegou até aqui, também sabe que a família Bridgerton é bem conhecida e admirada pela sociedade londrina pela forma irreverente de lidar com determinadas situações, sem falar da esperteza e humor crítico presentes em suas personalidades. Mas, todos sabem que Hyacinth supera os irmãos nesses quesitos, a menina parece ser o próprio diabo de vestido. Até acham ser esse o motivo de está ainda solteira. Afinal, o homem que aceitar se casar com ela, merece e muito ser parabenizado pelo o ato heroico.
Hyacinth é a caçula dos oito irmão. Ela nasceu pouco tempo depois da morte do pai e o que sabe sobre ele é graças as histórias que os irmãos mais velho contam. Por não ter tido esse contado paterno, Hyacinth foi muito mimada pelos irmãos e a mãe, o que a transformou em uma moça indomável, que foge completamente dos padrões da sociedade. Ela, desde o primeiro livro "O Duque e Eu", nos mostrou que não seria uma garota fácil e com 22 ela é uma moça astuta, divertida e inquietante, que desperta a admiração e medo nos homens. Claro que ela já recebeu propostas de casamento, mas nenhum dos homens despertou seu interesse.
Acontece que, para ser feliz, Hyacinth acredita ter que encontrar um homem tão inteligente e divertido quanto ela. E ela acredita encontrar esse alguém, assim como seus irmãos também encontraram. Claro que ela sabe ser uma tarefa difícil, ainda mais com a personalidade que tem. Mas, Garret se mostra a altura desse desafio.
"-Você é realmente bom.
Ele se inclinou para frente e sorriu.
- Em muitas coisas - murmurou.
Ela ruborizou, o que lhe deu imenso prazer, mas logo disse:
-Preveniram-me a respeito de homens como você.
-Espero que sim."
Mesmo sendo herdeiro do título de baronato do pai, Garret continua sendo menosprezado pelo mesmo que o considera um erro e não perde a oportunidade de jogar isso na cara do filho. A cada encontro, ambos se enfrentam e Garret faz questão de provocar o pai com atitudes que ele acha impróprias. Mas, no fundo, Garret é um homem lindo por dentro e por fora. Um rapaz atencioso, inteligente, amoroso e irônico como a avó Lady D.
Garret e Hyacinth acabam se juntando para desvendar o mistério do diário de Isabela, avó paterna dele e que era italiana, e a cada encontro para saber como anda a tradução, eles se aproximam mais e desenvolvem uma linda amizade e, consequentemente se vêem apaixonados.
"Não tinha a menor dúvida de que o levara à loucura. Mas ela parecia levar todo mundo à loucura, então era melhor não dar muita importância a isso."
O livro é narrado em terceira pessoa, algo que gosto muito nesse tipo de leitura, em que o autor nos dá uma visão ampla dos fatos e sentimentos dos personagens. Encontrei alguns erros de digitação, mas nada que tenha atrapalhado na leitura. A capa é linda!!! E achei muito condizente com a personagem Hyacinth.
Gostei de conhecer um pouco mais da história de Lady Danbury. Ela e Hyacinth são muito parecidas e é por isso que vivem juntas e são amigas. A própria Hyacinth fala que a Lady D. é sua versão mais velha. Toda terça-feira elas se encontram para lerem um livro juntas e conversarem. E claro que Lady Danbury aproveita esses momentos para falar do neto, tecer elogios sobre ele. Se você acha que ela está jogando o neto para Hyacinth... pode ter certeza que sim. Lady D. conhece Hyacinth e sabe que ele é o par ideal para a jovem. Por mais que Hyacinth tente negar no início, ele é o único homem capaz de tirá-la da sua zona de conforto.
"E então, de repente, Hyacinth viu que certas coisas apenas se sabem, e não há como explicá-las.
Naquele momento, ela soube que se casaria com aquele homem.
Ninguém mais serviria."
Violet como sempre dando os melhores conselhos, aqueles que só as mães sabem dar e só elas sabem o que seus filhos sentem.
Outro ponto positivo da obra foi como a autora retratou as questões familiares. De um lado temos Hyacinth com sua família numerosa, que mesmo nas brigas, sempre estão unidos, um lutando pelo outro. E do outro temos Garret, que sempre foi menosprezado pelo pai, sem receber um único gesto de amor e carinho, vivendo em um lar desestabilizado. E mesmo não recebendo amor paterno, isso não transforma Garret em um homem ríspido, mal humorado, ao contrário, ele é doce e cuidadoso com sua avó.
No entanto, por mais que tenha gostado da obra, fiquei com um misto de raiva e amor no final da leitura. Ao tentarem desvendar os mistérios do diário, fiquei na expectativa deles encontrarem algo que é revelado e está escondido. Passei a leitura toda, parecendo Hyacinth, ansiosa, louca para descobrir também, mas, no final, não consegui discernir se gostei do que a autora fez (o que achei genial) ou odiei. Até o momento estou assim. Foi algo surpreendente que Julia Quinn fez, mas que eu não esperava e isso me deixou sentindo amor e ódio pelo final.
Mesmo tendo esse sentimo conflitante acerca do final, gostei muito da obra, de um modo geral, e recomendo a leitura. A narrativa é bem divertida, afinal, estamos falando de Lady Danbury e Hyacinth juntas. Daí você imagina como será cheio de humor o enredo.
"- Você me ama? - sussurrou ela.
-Isso vai acabar comigo, mas amo você. Ele suspirou, exausto diante da simples perspectiva do futuro. Não dá para evitar."
Próximo livro da série:
1. Saraiva
4.Amazon
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Olá!
ResponderExcluirAcho que sou a única pessoa no mundo que ainda não leu nenhum romance de época! Uma vez quase cheguei a comprar um, mas ai eu avistei outro e acabei deixando ele de lado.
Tenho interesse em começar e essa é uma série que me chama atenção, além das capas serem uma graça!
Adorei a resenha <3
Beijão
Leitora Cretina
Mônica, vc irá adorar essa série. É bem divertida. Dê uma chance aos romances de época que eles são ótimos.
ExcluirBeijos
Já sei que vou gostar desse. Esse é o que eu mais espero pra ler desde o de Colin.
ResponderExcluirResenha como sempre ótima. BJS
Obrigada, Leila! Espero que vc goste. A obra é bem divertida!
ExcluirBeijoss